sexta-feira, 1 de junho de 2018


Após decisão do TST, petroleiros do RN suspendem greve de 72 horas

Os petroleiros do Rio Grande do Norte suspenderam a greve de 72 horas iniciada nesta quarta-feira (30) em várias partes do país e que contou com atos em quatro municípios do estado.
O sindicato potiguar seguiu a recomendação da Federação Única dos Petroleiros, que recomendou a suspensão da paralisação depois que uma ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) aumentou a multa aplicada contra a categoria no caso de continuidade.
O recuo aconteceu após a ministra Maria de Assis Calsing, do TST, ter aumentado de R$ 500 mil para R$ 2 milhões a multa diária aplicada aos sindicatos dos petroleiros que aderirem à greve.
"A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria", afirmou comunicado publicado pela FUP em sua página.
De acordo com o sindicato, 100% dos petroleiros, sejam funcionários da Petrobras ou de empresas privadas, cruzaram os braços logo na quarta-feira (30), no RN. O ato não prejudicou diretamente a produção automatizada, mas os serviços que dependiam de atuação humana direta não foram realizados.
Segundo os petroleiros, a greve foi contra o preço do gás de cozinha e dos combustíveis, dolarização da economia do país, pela demissão do presidente da Petrobras, Pedro parente, e contra os desinvestimentos e vendas de ativos da estatal. Conforme o sindicato, outra exigência inclui o fim da importação de produção e retomada das atividades plenas das refinarias, que hoje, de acordo com a categoria, operam com cerca de 70% da capacidade.
No estado, os protestos aconteceram em Natal, Mossoró, Alto do Rodrigues e Guamaré, no ativo industrial onde fica a refinaria Clara Camarão. Ainda de acordo com o categoria, a mobilização faz parte da preparação para uma greve por tempo indeterminado que foi aprovada pela categoria antes do início da greve de caminhoneiros no país.
Segundo o sindicato, atualmente existem 2 mil petroleiros ligados diretamente à Petrobras no Rio Grande do Norte e outros 6 mil terceirizados.
G1RN

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